quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A FORÇA DE UM CLIQUE

Cada vez mais as empresas descobrem o poder dos sites de relacionamento

Twitter, Orkut, Facebook, Youtube, Linkedin, esta profusão de siglas explodiu no mundo em velocidade nunca vista. As redes sociais já começam a provocar uma verdadeira revolução nas comunicações e nas relações entre pessoas, empresas e consumidores no século 21. Trata-se de um fenômeno que pode atingir diretamente as transações econômicas – e já se tornaram um ponto nevrálgico da economia de mercado, ao misturar comunicação com economia, o que os especialistas estão chamando de mundo do Socialnomics.
Com quase 65 milhões de pessoas com acesso à internet nas residências, locais de trabalho e escolas, o Brasil já tem 21,4 milhões de usuários usando mídias sociais. Via computador ou smartfone, é assim que os consumidores hoje espalham suas opiniões, positivas ou negativas, sobre produtos e serviços.
Empresas e comunicadores correm contra o tempo para responder e monitorar a invasão em massa nas redes e comunidades virtuais, repensando as antigas estratégias de marketing e relacionamento com os clientes. Sabem que qualquer um pode construir reputações ou detonar lideranças na velocidade de um clique.
Nenhuma outra mídia cresceu nesta velocidade e ritmo. O rádio demorou 38 anos para atingir 50 milhões de usuários. A TV, 13 anos. A internet, quatro. O Facebook agregou 100 milhões de usuários em menos de nove meses nos EUA. No Brasil, o número de usuários do Facebook em 2009 praticamente dobrou em cinco meses. Foi de 2,7 milhões de brasileiros, em maio, para 5,3 milhões, em setembro, segundo dados da consultoria Ibope Nielsen Online. O Orkut registrou 26 milhões de usuários em setembro. O Twitter, 9,2 milhões.
Para Abel Reis, presidente da AgênciaClick, especializada em publicidade online e interatividade, as redes sociais estão se tornando um canal importante para consultas na hora de decidir a compra de produtos ou serviços – e, quando bem utilizadas, são importantes ferramentas de marketing.
Especializada em mídia interativa, a AgênciaClick já criou várias campanhas utilizando mídias sociais. Um dos destaques foi a ação promovida por meio do Twitter para divulgar a parceria entre a Philips e a equipe AT&T Williams. Durante o GP de Fórmula 1 do Japão, a agência criou um endereço no Twitter para Nico Rosberg e enviou tweets aos brasileiros pedindo ajuda para encontrar o capacete que o piloto “perdera” ao chegar ao Brasil. Em seis dias de ação, o Twitter do piloto chegou a mais de 3,5 mil seguidores.
Outra campanha foi criada para a empresa Fiat, com o lançamento de um site do projeto Fiat Mio. A campanha visa ao desenvolvimento de um carro conceitual futurístico, com sugestões do público, que será mostrado no Salão do Automóvel de 2010.
“Há redes mais populares e abertas, como o Orkut, o Facebook, ou mais fechadas e profissionais, como o Linkedin e o Twitter, que têm vocação muito ampla”, explica Abel Reis.
De acordo com o publicitário, quando uma empresa se abre ao consumidor, o risco de ser atingida por críticas nas redes é alto, “mas não existe outro caminho que não o de se relacionar ativamente com os consumidores onde eles estão”, completa.
Por isso, aconselha as empresas a estudarem muito bem o terreno virtual antes de entrarem na rede.
Reis enxerga a internet como um oceano de possibilidades para a participação dos executivos das empresas, mas adverte para um componente de risco e outro de oportunidade envolvendo a reputação de pessoas com poder de propagação espetacular. “Nenhum executivo pode atuar nas redes sociais com sua verdadeira identidade sem levar em conta a imagem de sua empresa e a sua própria como representante da Companhia. Usar as mídias sociais para fazer propaganda de sua empresa, a chamada publicidade chapa branca, não gera credibilidade e é muito mal visto”, adverte.
Já a Tecnisa, empresa do ramo imobiliário, foi pioneira em estratégia digital. Iniciou com a reformulação do site e o fortalecimento do e-commerce, em 2001. A partir daí foi incorporando novidades, como blog corporativo, Twitter, canal no Youtube, Facebook, Flickr, site móbile etc. “A Tecnisa foi a primeira empresa do Brasil a ter um gerente de redes sociais e ainda hoje é
uma das poucas que compreende a sua importância”, afirma Romeo Busarello, diretor de Marketing da Tecnisa. Segundo ele, com o trabalho focado nas redes sociais, a empresa estreitou ainda mais o relacionamento com pessoas de interesse. “Mas o maior ganho foi o aumento da visibilidade da marca”, lembra Romeo Busarello.

Autora: Cecília Pires
Fonte: + Saúde Magazine. Ano 1, nº1. Jan./Fev/Mar – 2010.
Contato: maissaudemagazine@portoalegreclinicas.com.br

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