segunda-feira, 25 de abril de 2011

Educação financeira

Jovem investidor
Bolsa de Valores ensina crianças de 7 a 10 anos a aplicar recursos


Cada vez mais cedo o jovem tem necessidade de conhecer o mercado financeiro e administrar de forma equilibrada seus recursos. A tendência é mundial e ganha espaço em todos os estratos sociais e diferentes faixas etárias. Além disso, com alto poder de aprendizado, as crianças acabam semeando o bom uso do dinheiro em suas vidas.

Na BM&FBovespa, há várias ações no sentido de levar os principais conceitos financeiros a jovens e crianças, por meio de palestras e cursos. Crianças de 7 a 10 anos, por exemplo, têm acesso, no portal da instituição, ao site Turma da Bolsa (www.turmadabolsa.com.br). Lançado em abril de 2010, é o primeiro programa de educação financeira direcionado ao público infantil.

Seis personagens ilustram e animam todas as atividades do site, com seis áreas temáticas. A principal delas é a seção de vídeos educativos, apresentados pela dupla “O Porco e o Magro”. O portal já conta com mais de 5,1 mil crianças cadastradas e soma mil acessos diários. Outro programa dirigido aos jovens é o Desafios BM&Bovespa, que realiza competições com exercícios de investimento entre interessados de todo o Brasil, em eventos realizados no prédio da Bolsa ou pela internet.

“Educação financeira não é matemática. É comportamento. Atitudes familiares com relação a dinheiro se reproduzem no comportamento do filho. Dessa forma, desde cedo a criança tem que aprender que dinheiro não vem dos pais e sim do trabalho”, diz José Alberto Netto, professor de Educação Financeira da BM&FBovespa.

A educação f inanceira entrou para a literatura infantil com Álvaro Modernell, sócio-fundador da Mais Ativos Educação Financeira, coordenador do portal www.edufinanceira.com.br. Há cinco anos ele escreve livros sobre o tema para crianças de 4 a 12 anos. Já são sete ao todo.

Ao longo de sua experiência, Modernell descobriu que faltava às pessoas a base da educação financeira. Bastou o nascimento de seu primeiro filho para publicar seu primeiro livro: Zequinha e a Porquinha Poupadora, com mais de 20 mil exemplares.

Segundo o consultor, as pessoas têm maneiras diferentes de lidar com dinheiro, mesmo quando educadas na mesma família. “Ensinar a usar bem o dinheiro se torna uma lição fundamental para a vida toda”, diz ele, que incentiva seus filhos a pechinchar, negociar e pesquisar.

A má administração dos recursos e a falta de conhecimento sobre a maneira correta de se utilizar um cartão de débito e crédito estão aí. Para suprir essa dificuldade, a fábrica de brinquedos Estrela, em parceria com a MasterCard, aproveitou o momento para relançar uma versão atualizada do Banco Imobiliário – o Super Banco Imobiliário –, na qual é possível fazer transações com ações da Vivo, Itaú, TAM Viagens etc. A novidade são os cartões plásticos de crédito e débito, em substituição às cédulas coloridas, e a maquininha pela qual passam os cartões.

“Ao longo da história dos brinquedos, percebe-se que eles refletem o comportamento, a moda e os costumes de sua época. Hoje, quando a criança acompanha seus pais às compras, observa-se que grande parte dos pagamentos é feita em cartão. Na hora da brincadeira, os pequenos querem reproduzir a atitude dos seus pais, suas grandes referências”, afirma Carlos Tilkian, presidente da Estrela. Para a MasterCard, o jogo é uma
inovação. “O que nos atraiu no projeto foi a possibilidade de promover a substituição do dinheiro por meios eletrônicos de pagamento, que são mais convenientes, seguros e facilitam a vida das pessoas. E mais importante que isso é poder mostrar como lidar com o dinheiro”, diz Andréa Denadai, diretora de Comunicação da MasterCard Brasil.

A MasterCard leva o programa educação financeira a uma das comunidades mais carentes do Brasil, a de Paraisópolis, em São Paulo, que conta com 100 mil habitantes (principalmente das classes D e E). “Com palestras de educação financeira, a chance de os moradores da comunidade levarem uma vida econômica mais tranquila fica mais próxima”, explica Andréa, que utiliza o Super Banco Imobiliário nas apresentações.

Ricardo Pereira, consultor financeiro, diz que o Brasil mudou muito, mas discutir finanças em família ainda é um grande tabu.

Fonte: + Saúde Magazine. Ano 1, nº4. Outubro/Novembro/Dezembro - 2010
Contato: maissaudemagazine@portoalegreclinicas.com.br

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