sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RECICLAGEM PROFISSIONAL

Plano de carreira e informação estratégica são fundamentais
© Andresr | Dreamstime.com


Atentos a novas tecnologias que surgem a todo instante os bons profissionais que fomentam o mercado de trabalho atualmente devem frequentar cursos de qualificação profissional para lidar com mudanças e inovações. Realizam cursos de especialização, pós-graduação, mestrado, MBA e falam mais de dois idiomas. Estes disputados profissionais ocupam o lugar daqueles que, há duas décadas, se diferenciavam por possuir apenas um curso superior e dominar a língua inglesa.
O upgrade de exigências se deu em razão da maciça utilização da internet e dos celulares, o que facilitou a comunicação. E a informação passou a ser adquirida em segundos. Conforme Cássia Lourenci, consultora de Recursos Humanos e coaching, os profissionais que hoje enfrentam o mercado de trabalho já nasceram em um mundo onde as exigências são maiores. Aprendem mandarim, fazem fonoaudiologia e já estudam em escolas bilíngues, onde lhes são ensinados inglês e espanhol.
Esses profissionais com perfil multitarefa disputam vagas com os profissionais de outras gerações. Estes, em razão da competitividade acirrada, também buscam mais qualificação.
Contudo, Cássia alerta: “Atualizar-se não é fazer cinco MBAs, mas ter um plano de carreira”.
Para a consultora muitas pessoas concluem cursos superiores e geralmente optam por especializações ou extensões na mesma área. Mas os conhecimentos específicos são importantes até determinado momento da carreira. “Quanto mais o profissional subir na hierarquia organizacional, mais estratégico precisará ser. Por isso, é importante focar não apenas no operacional”, aconselha. Segundo a consultora, é preciso investir em cursos de gestão de pessoas, gestão estratégica e empresarial. “Sem conhecimentos estratégicos, mesmo tendo galgado novo cargo, esse profissional pode perder o emprego”, completa.
Cássia acredita que um bom momento para escolher as melhores vertentes profissionais é cerca de cinco anos após a conclusão do curso superior. “Neste momento, ele já está no mercado de trabalho e sabe exatamente onde é o seu calcanhar de Aquiles. Aí, tem condições de optar por um curso que, de fato, vai agregar conhecimentos fundamentais à sua carreira.”
Cássia sugere, portanto, que os profissionais realizem, uma vez por ano, um curso prático como o de um software e, a cada cinco anos, outro mais profundo, como uma pós-graduação ou especialização. Orienta ainda que o profissional quebre mensalmente aquela janelinha que, no passado, dividia seu setor e passe um dia de vivência em outro departamento. “Claro que o profissional não precisa se tornar um profundo conhecedor nas funções da outra área, mas deve entendê-las para poder executar melhor as suas.”

Exemplos 
A multinacional Syngenta, que atua no setor de agribusiness, tem 1.730 funcionários e é um exemplo de como estimular e investir em seus colaboradores. Em 2009, 412 profissionais da empresa participaram de programas e 112 passaram por treinamentos regulares de idiomas. “Traçamos nossas estratégias baseados nas competências de nossos funcionários e, por isso, investir no crescimento deles é fundamental”, diz Carlos Gajardoni, gerente de treinamento e desenvolvimento. 
A empresa desenvolve programa de educação corporativa nos segmentos comercial, liderança, treinamentos internacionais e corporativos.
Lilian Saldanha, engenheira agrônoma, iniciou suas atividades como analista da área de regulamentação há dez anos. O cargo de gerente surgiu após cursos sobre manejo de projetos, realizado nos Estados Unidos. Ela também passou por treinamentos de comunicação, liderança, gestão de pessoas, manejo de projetos e coachings.

 Por: Renata Bernardis
Fonte: + Saúde Magazine. Ano 1, nº3. Julho/Agosto/Setembro – 2010
Contato: maissaudemagazine@portoalegreclinicas.com.br

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